A cirrose hepática é, por definição, uma condição crônica do fígado caracterizada por degeneração de suas células, inflamação e substituição progressiva de seu tecido normal por áreas cicatriciais de fibrose, consequentemente afetando o perfeito funcionamento do órgão. As funções hepáticas compreendem a competência imunológica de defesa contra infecções, produção de proteínas que entrarão na cascata natural da coagulação, além da função de digestiva com a produção de bile e metabolismo hormonal.
A cirrose se desenvolve após agressão hepática por anos seguidos sem tratamento, sendo que as principais causas estão relacionadas com a Hepatite Alcoólica, Hepatite C, Hepatite B e a doença hepática gordurosa não alcoólica, e são inúmeras as causas menos comuns, como as doenças imunológicas, doenças colestáticas, erros inatos de metabolismo, sobrecarga de ferro e cobre, dentre outras.
O tratamento portanto é direcionado para o fator causador e as complicações apresentadas.
As complicações decorrentes do mau funcionamento hepático são predisposição a sangramentos (hemorragia digestiva por varizes de esôfago), acúmulo de líquido no abdome e nas pernas (edema), alteração do ritmo do sono, assim como confusão mental (encefalopatia hepática) e risco maior de infecção bacteriana. O transplante hepático é uma opção terapêutica para casos avançados.
FONTES:
1. Manual de Hepatologia para Clínicos e Residentes, 2018. Editora Atheneu.
2. http://tudosobrefigado.com.br