A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) representa distúrbio metabólico decorrente do acúmulo de lipídeos (gordura) no fígado. Nos Estado Unidos é a principal causa de doença hepática crônica e os dados nacionais apontam também nessa direção, onde quase 30% dos brasileiros adultos apresentam tal condição.
A DHGNA frequentemente está associada à síndrome metabólica, que tem como características a resistência insulínica (intolerância à glicose ou diabetes), obesidade, hipertensão arterial, hipertrigliceridemia (excesso de triglicerídeos no sangue) e redução do HDL-colesterol. Quanto aos sintomas, não é esperado nenhuma desconforto maior, exceto alguns casos de fadiga ou desconforto na parte superior do abdome (referente à localização do fígado).
A evolução da doença pode cursar de forma benigna, na maioria dos pacientes, ou pode evoluir para hepatite crônica e depois de alguns décadas para cirrose ou câncer de fígado. Para identificar aqueles que podem ter uma evolução mais desfavorável é necessário lançar mão de alguns exames como: testes hepáticos dosados no sangue, exames de imagem como ultrassom ou tomografia ou ressonância ou elastografia, a em alguns casos realizar biópsia hepática para se ter uma análise mais detalhada do acometimento. Não existem um único tratamento para DHGNA, mas mudança no estilo de vida e abordagem dos componentes da síndrome metabólica que o utente possa apresentar.
FONTES:
1. Manual de Hepatologia para Clínicos e Residentes, 2018. Editora Atheneu.
2. http://tudosobrefigado.com.br